É primordial que o executivo tenha expertise que vá além do core business da empresa
RICARDOCEREDA
O chief financial officer (CFO) possui um importante papel no que refere à saúde financeira de uma companhia, bem como no planejamento para um crescimento consistente dos resultados. Neste aspecto, são grandes e variados os atuais desafios a serem enfrentados pelos profissionais desta área.
Para atingir os objetivos propostos, do orçamento ao fechamento do ano fiscal, é primordial que o CFO tenha uma expertise que vá além do core business da empresa. Além de antecipar as tendências de finanças, este executivo tem como missões prioritárias simplificar os processos e dar constantes insights estratégicos à administração.
Em tempos da quarta revolução industrial – a da transformação digital –, a familiaridade com a inovação também é condição sine qua non para o êxito de um CFO. Isso porque, os dados e a tecnologia impactam cada vez mais nos negócios, trazendo soluções e também riscos. Nesse cenário, investir em segurança digital é tão importante quanto em segurança física, pois o vazamento de dados gera enormes prejuízos às corporações.
O serviço terceirizado e a automação de atividades também são pontos de atenção para um chief financial officer, pois são ações que podem trazer grandes impactos financeiros e profundas modificações na forma de gerir pessoas.
Em um contexto de reestruturação ou corte de custos, para alcançar maior eficiência operacional e/ou administrativa, o CFO também possui protagonismo e cada vez mais envolvimento, tanto na revisão da estrutura organizacional quanto na busca de bons níveis de governança e obediência às regras de compliance.
Em momentos críticos ou de transformação, a contratação de um gestor transitório para o exercício da função pode ser bastante estratégico para a empresa, devido ao seu distanciamento emocional das medidas implementadas no passado.
Porém, independentemente de ser um interino ou não, todo CFO que visa sucesso na carreira e uma longa vida no mercado precisa, além da antecipação, mensuração e gerenciamento de riscos, ser capaz de avaliar o escopo das novas tecnologias e metodologias de trabalho.
Trata-se de um grande desafio, mas fundamental no dia a dia das organizações modernas.