Gerente de Inovação do Sebrae detalha tendências de mercado para 2023
Clubes de assinaturas, infoprodutos e a volta das compras coletivas. Esses são alguns dos nichos de mercado que devem estar em alta em 2023.
Além disso, os negócios ligados ao segmento pet e aqueles relacionados à educação também manterão a tendência de crescimento, de acordo com o gerente de Inovação do Sebrae, Paulo Renato Cabral. “Durante a pandemia, as pessoas fizeram muitos cursos on-line de qualificação e percebemos que essa tendência continua, mas agora também como presencial ou no formato híbrido”, esclarece.
Nesse contexto, os serviços e produtos vendidos no meio digital seguem com tudo. Deve permanecer elevado o interesse do consumidor pelo e-commerce ou até mesmo pelas empresas “fisital”, com espaço tanto físico quanto virtual. Outro exemplo é o caso dos clubes de assinatura, cuja diversificação – vinhos, livros, revistas, cervejas especiais e artigos de beleza e bem-estar – é uma das grandes apostas.
“Possivelmente, também veremos o retorno de alguns mecanismos de compras coletivas, como já tivemos no passado, mas hoje em outro formato. Em 2023, teremos um padrão de consumo ou de um produto que deve se repetir”, frisa o gerente do Sebrae.
Com relação ao mercado pet, Cabral argumenta que o perfil das famílias brasileiras mudou, o que foi bom para esse segmento. “Ao invés daquelas famílias grandes, com muitos filhos, atualmente vemos muitos casais sem filhos ou pessoas que optam por estar solteiras”, detalha.
Por onde começar?
Uma verdade do mundo dos negócios é que sempre estará em alta aquilo que o consumidor demanda, ou seja, não há como definir uma tendência absoluta. Por isso, para quem ainda está estudando o mercado e não sabe por onde começar, o especialista do Sebrae orienta investir no que já se tem afinidade.
“O mercado pet está em alta, mas você vai simplesmente montar mais um pet shop para concorrer com os vários que existem na sua cidade? Melhor seria estudar esse mercado e sua cadeia. Nesse exemplo, temos as lojas, os fornecedores de insumos, os que fornecem sistemas e softwares para essa área, os que fabricam os produtos… uma infinidade de negócios. Então, é preciso pensar em qual parte dessa cadeia pet você vai se inserir”, explica.
“O potencial empreendedor precisa enxergar onde há mais oportunidades com o menor nível de concorrências e maiores ganhos”, complementa Paulo Renato Cabral.
Ao empreendedor que já está no mercado e busca inovações, uma tendência é agregar inteligência artificial e big data, tanto nos aplicativos quanto nos sites de comércio eletrônico e divulgação das empresas.
“Por mais que pareçam tecnologias inacessíveis, são inovações que já estão disponíveis para os empreendedores, são poderosas e impulsionam os negócios. Hoje, várias empresas conseguem desenvolver módulos simples de aplicação de inteligência artificial e big data que permitem desde a recomendação dos seus produtos ao cliente até ajudar a empresa a ser encontrada mais rapidamente na internet”, indica o gerente.
Fonte: Comunicação Fenacon, por Fernando Olivan.
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